A IA Está se Escondendo na Sua Conta de Luz?

A IA, esse brilho tecnológico cheio de hype que promete facilitar a vida, não está apenas escrevendo poemas, criando logos ou ajudando você a trapacear nas fórmulas do Excel. Ela também está devorando eletricidade como um adolescente diante de refil infinito de refrigerante. E, por causa disso, sua conta de luz está parecendo que entrou na academia: mais forte, mais pesada e definitivamente mais cara.
E isso não é só um “problema da indústria tech”. É um problema meu, seu e de todo mundo que acende uma luz em casa. Os grandes centros de dados que alimentam a IA estão sugando tanta energia da rede elétrica que famílias comuns já estão pagando mais por isso. E não estamos falando de centavos.
No país inteiro, as contas de energia já subiram mais de 6% só este ano. E se você vive numa área coberta pela PJM Interconnection, a maior rede elétrica dos EUA, que atende partes de 13 estados e Washington, D.C., provavelmente já sentiu esse baque com mais força. Traduzindo: o computador que alguém usou no Vale do Silício para gerar um meme de gato acabou de aumentar sua conta de luz em Nova Jersey.
Normalmente, quando a conta sobe, dá para culpar coisas óbvias: um inverno rigoroso, um verão escaldante, seu filho deixando a TV ligada a noite inteira enquanto carrega todos os eletrônicos que existem. Mas esse aumento está diretamente ligado a uma nova demanda: a IA. A rede elétrica não serve mais só casas e escritórios, agora também alimenta um exército de centros de dados rodando modelos de IA 24 horas por dia, 7 dias por semana.
As concessionárias de energia compram e vendem eletricidade em algo chamado “leilões de capacidade”, que é só uma forma chique de dizer “quem vai garantir energia suficiente para o dia seguinte?”. Os preços nesses leilões estão disparando, e adivinha, esse custo vai direto para nossa conta. Então sim, você deveria se importar. A menos que viva 100% fora da rede, num yurt movido a energia solar, seu bolso está na linha de fogo.
Se você é CEO ou fundador, esse barulho deveria soar mais alto que micro-ondas ligado sem nada dentro. Custos de energia mais altos significam custos operacionais maiores, e esse dinheiro não surge do nada, sai do seu orçamento. Vai cortar gastos em outro lugar? Subir preços? Mudar operações? Se você é gerente ou diretor, isso pode significar menos verbas para contratar, dar bônus... ou até para os lanchinhos da sala de descanso (adeus LaCroix, olá água com gás genérica).
Se você é uma pessoa comum, isso significa que luz, ar-condicionado e até aquela maratona na Netflix estão ficando mais caros, porque uma porção de servidores está ocupada tentando fazer a IA gerar fotos de cachorros cada vez mais realistas.
E para as comunidades? Isso é grande. As redes locais só aguentam até certo ponto. Construir mais centros de dados sem construir novas usinas significa criar limitações. Algumas regiões já estão debatendo se novos centros de dados deveriam sequer ter permissão para se conectar à rede elétrica, a menos que tragam sua própria fonte de energia. Políticos também estão sendo puxados pra esse debate. A eleição para governador de Nova Jersey, por exemplo, agora envolve contas de luz. Quando foi a última vez que sua conta de luz decidiu uma eleição?
Isso não é só sobre a Big Tech brincando com brinquedos caros. É sobre o que o crescimento da IA significa para o seu orçamento do mês, para a estratégia da sua empresa e para as decisões que sua comunidade precisa tomar entre energia mais barata ou mais desenvolvimento tecnológico. É sobre quem vai pagar a conta pra manter as luzes acesas para a IA e, por enquanto, esse alguém somos nós.
A IA está entrando na sua vida de formas que você não esperava? Sua conta de luz já está sentindo os efeitos desse boom tecnológico? Ou você conhece alguém, uma família, empresa ou comunidade, que já está levando esse baque? Compartilhe sua história. Como isso afeta você ou quem você conhece? Porque, no fim das contas, essa não é só uma história sobre tecnologia. É uma história sobre pessoas.
— Matt Masinga
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