A IA vai te substituir antes da sua próxima promoção?

A IA vai te substituir antes da sua próxima promoção?
Gary Neill

A Inteligência Artificial não está mais só escrevendo poemas de amor para o seu cachorro ou ajudando você a brigar com desconhecidos no Reddit. Ela está arrumando a mala, vestindo um blazer e entrando no escritório. E diferente do Steve do departamento de contabilidade, a IA não precisa de pausa para o café, não tira licença médica e muito menos pede plano dentário. É por isso que empresas como Amazon e Ford já estão dizendo o que antes era dito só nos bastidores: “Sim, vamos precisar de menos humanos por aqui.”

Provavelmente você revira os olhos e pensa: “Mais uma manchete exagerada de tecnologia. Não ouvimos isso desde a época da internet discada?” Justo. Mas aqui vai o detalhe: dessa vez não é exagero. A IA não está chegando “no futuro”, ela já está levando embora os empregos de entrada agora mesmo. Aqueles cargos que seu primo precisou para sair da casa dos pais e que você talvez usou para comprar o primeiro sofá da IKEA? Pois é, esses aí.

A lógica é simples: empresas querem economizar. Surpresa nenhuma. Se a Amazon pode trocar analistas juniores por IA, são menos salários, menos treinamentos de integração e ninguém pedindo: “Chefe, posso sair mais cedo porque tenho ingressos para a Taylor Swift?” O CEO da Ford nem disfarçou: basicamente disse que metade da equipe pode ser substituída por software. Imagina seu chefe soltar essa bomba na próxima reunião do Zoom antes de apertar o mute.

E não é só questão de cortar custos. É também sobre não ficar para trás. Se a Microsoft corta equipe usando IA, a IBM não vai fingir que ainda é 1998. É uma corrida armamentista da IA, onde o prêmio é ser mais rápido, mais barato e nunca ter que lidar com as reclamações da Karen sobre o ar-condicionado do escritório.

Se você é CEO, está se perguntando em silêncio: “Como corto metade dos custos sem metade da equipe me odiar?” Se você é gerente, já olha de lado para o time, pensando quais tarefas a IA vai devorar primeiro. Se você é funcionário, pensa: “Espera aí, meu trabalho vai ser feito por um bot que nem precisa ir ao banheiro?” E se você é apenas um trabalhador comum, deveria se preocupar também: menos empregos de entrada significa menos oportunidades para os jovens sequer começarem a subir a escada da carreira. E, convenhamos, como subir uma escada quando falta o primeiro degrau?

Essa história importa porque não fala de robôs do futuro, mas do pipeline de carreiras de hoje. Se os empregos de entrada desaparecem, por onde as pessoas vão começar? Sem o início da escada, tudo se parece mais com um escorregador.

A grande pergunta é: vamos viver num mundo em que a IA facilita o trabalho, ou num mundo em que seremos substituídos enquanto ainda rimos das piadas ruins do ChatGPT?

Agora é com você: o que acha? Isso pode atingir o seu emprego, sua empresa ou até sua comunidade? Ou você, no fundo, está torcendo para a IA ocupar seu lugar e finalmente poder “se aposentar” com maratonas de Netflix sem culpa?

— Matt Masinga


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