Licença Familiar = Demissão?

Licença Familiar = Demissão?
The Economic Times

Uma copywriter tirou uma licença para cuidar dos pais doentes. Normal, humano e totalmente compreensível. Mas quando voltou, o chefe basicamente disse: “Então… sobre o seu emprego… o robô sai mais barato. Não leve para o lado pessoal, ele só não pede férias nem plano de saúde.” Imagine voltar de uma licença familiar e descobrir que seu substituto não é uma pessoa, mas um software que nem sabe soletrar “empatia”.

A justiça saiu do prédio anos atrás, logo depois da “estabilidade no emprego” e das “aposentadorias”. O fundador não estava sendo maldoso por diversão; ele estava apenas fazendo o que toda empresa hoje sonha em fazer: cortar a folha de pagamento com um funcionário de silício, brilhante e barato. Ela era preguiçosa? Não. Merecia isso? Também não. Seu único erro foi ser humana em uma economia que agora trata a humanidade como passivo.

A empresa parece fria, claro, mas isso é a versão capitalista da brincadeira das cadeiras musicais: quando a música para, você torce para ainda ter uma cadeira com seu nome. Enquanto isso, a IA nem precisa de cadeira; ela simplesmente toma a mesa inteira. E se você é uma empresa rival ainda pagando redatores de verdade? Parece o sucesso de bilheteria se gabando das taxas de atraso enquanto a Netflix dá voltas transmitindo tudo online.

No clima de hoje, uma semana de folga já basta para seu chefe fazer um teste de condução com IA. Se o bot funcionar, parabéns, você acabou de treinar seu substituto. É como emprestar seu carro para um amigo no fim de semana e descobrir que ele trocou por um Tesla que dirige sozinho.

A verdade brutal é que, se ela tivesse voltado dizendo “sei usar IA para fazer 10 vezes mais trabalho”, talvez ainda estivesse naquela mesa. Mas ela foi pega de surpresa. Esse é o novo jogo: ou você aprende a mandar na máquina, ou a máquina vira seu chefe.

Seja você alguém sentado na sala do conselho ou no sofá comendo pizza requentada, isso te afeta. Se você é CEO ou fundador, essa história é seu brinquedo brilhante e seu maior pesadelo. Sim, pode economizar muito cortando humanos, mas o que acontece com sua reputação, criatividade e cultura quando as pessoas percebem que você está trocando trabalhadores por robôs como cupons vencidos?

Se você é VP ou gerente, é bom começar a perguntar: como manter minha equipe relevante? Porque se a IA consegue fazer metade do trabalho mais rápido e mais barato, como justificar manter todo mundo?

Se você é colaborador individual, aqui vai seu choque de realidade: empregos seguros não existem mais. A questão não é “Sou bom no meu trabalho?”, mas sim “Sou a pessoa que diz à IA o que fazer, ou sou a que vai ser substituída por ela?”

E se você é apenas um americano comum, também não dá para fingir que isso não importa. Quando seus vizinhos perdem o emprego, quando a lanchonete da esquina vê menos clientes no almoço, quando seus filhos se formam num mercado saturado de IA, adivinha? Essa onda te atinge também.

Isso não é só um dia ruim de uma copywriter. É o trailer da nossa nova economia. As empresas já não competem entre si; competem para ver quem demite humanos mais rápido. E nós, você, eu, todos nós? Temos que decidir: vamos de copiloto com a IA, ou seremos os próximos largados na calçada com uma caixa de papelão cheia das nossas coisas?

- Matt Masinga


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