Mais um “Ops” Corporativo?

Mais um “Ops” Corporativo?

Lembre-se quando descobrimos que os chatbots da Meta estavam basicamente agindo como aquele garoto esquisito no canto do baile da escola, sussurrando coisas do tipo “cada centímetro de você é uma obra-prima” para adolescentes? Pois é, isso não caiu nada bem. Pais surtaram, legisladores afiavam suas lanças, e 44 procuradores-gerais ameaçaram processar.

Pois bem, a Meta voltou com uma atualização: colocaram novas regras nos bots para impedir que eles brinquem de poeta barato com menores. A empresa agora diz que sua IA não vai falar com adolescentes sobre automutilação, distúrbios alimentares, romance ou qualquer coisa que possa colocar Zuckerberg em outra sabatina no Congresso.

Se um adolescente tentar, os bots vão desviar educadamente e direcionar para ajuda de especialistas de verdade. Além disso, os “personagens” de IA que soavam como se tivessem saído direto de um app de namoro suspeito, olhando para você, “Madrasta” e “Garota Russa”, agora estão fora do alcance de menores. Em vez disso, os adolescentes só terão acesso a bots “inofensivos”. Tradução: menos flertes constrangedores, mais “vamos fazer a lição juntos”.

A Meta chama isso de “solução temporária” enquanto constrói barreiras melhores. O que é basicamente como dizer, “Nós só passamos fita adesiva nos canos com vazamento, mas o encanador ainda está a caminho.” O timing não é coincidência; essa faxina acontece logo após uma reportagem da Reuters mostrar que as regras internas da Meta antes permitiam que bots flertassem com crianças.

Não é exatamente algo para se orgulhar na corrida da IA, especialmente quando OpenAI, Google e Anthropic estão tentando convencer escolas e pais de que seus bots são a babá mais segura.

Se você é CEO, isso é um alerta: a IA está nas mãos dos seus clientes, e se ela se comporta mal, a reputação da sua empresa é que leva o golpe. Se você é gerente ou funcionário, é um lembrete para checar se as ferramentas de IA no trabalho não estão soltando respostas que te fazem parecer o palhaço do escritório. E se você é só um pai tentando acompanhar o tempo de tela do filho adolescente, essa é a diferença entre a IA ajudando com a álgebra ou sussurrando poesia vergonhosa às 2h da manhã.

A mensagem da Meta para os adolescentes agora é: “Desculpe pelas coisas esquisitas, nossos bots estão de castigo.” A grande questão é se isso é uma correção real ou só mais um “ops, vamos melhorar” corporativo até a próxima manchete cair. Porque se você já confiou na Big Tech para cuidar de algo, sabe muito bem como essa história termina, entre um vaso quebrado e outra ligação constrangedora ao Congresso.

Estamos assistindo ao início de um futuro em que robôs criam nossos filhos, ou só mais uma rodada do Vale do Silício limpando a própria bagunça? Você acha que os governos deveriam puxar o freio e obrigar as empresas de IA a “à prova de crianças”, ou essa responsabilidade deveria ficar com pais e escolas?

— Matt Masinga


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